3.08.2010

PÁSSAROS SEM ASAS

Pássaros sem asas
Técnica Mista | 120 x 120 cm (díptico) | Da série "Era Uma Vez Uma Rainha"



4 comentários:

  1. "pássaros sem asas",admirávelmente intigrante.
    Do ponto de vista natural, faz parte da essência dos pássaros voar. Uma experiência de limites como prisão. Existe na segunda imagem (princípalmente, na beleza daquele rosto que não sorri), uma aura. É a descoberta de uma manifestação de uma lonjura, por mais próximo que esteja aquilo que a evoca. É a aura, é ela que é senhora do seu destino. Mas o que me continua a intrigar, é se um passaro sem asas é um pássaro? Não pode voar. Em Kafka,nas suas histórias, os animais são seres que renunciaram com pudor à sua condição de humanos. Mas aqui não anda muito longe da metamorfose, daquele que procura a natureza primeira. Aqui dasse o contrario, os pássaros, ou pela força exterior ou naturalmente, preferem, como "alguns anjos," a perder a asas, a sua essência e a tornarm-se seres humanos. O pássaro ao partir da experiência como ser humano, foi tomado como matéria de inquietação (como verificamos no rosto visto na moldura).perdendo as asas, procura libertar- se do seu destino natural,(as pernas tornam-se fundamentais) ao transfigurar-se em indíviduo,ao admitir cada coisa como um segredo, que pede para ser revelado, saber que nascem e que morrem e ter medo. reconhecer que nascemos, descobrir que fomos esperados, que aprendemos a falar. Esse reconhecimento é a condição de toda a tarefa de pensar, daquele que acaba de despertar. "Toda a nossa habilidade consiste em renunciar à nossa existência para existir". Goethe, Máximas e Reflexões, 126."

    ResponderEliminar
  2. aaah ...a segunda menina...não é feia !!

    ResponderEliminar